Portal de limpeza de vírus em Portugal até ao final de 2014

Portal de limpeza de vírus em Portugal até ao final de 2014

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O CERT.pt prevê colocar online até ao final deste ano um portal que faz o diagnóstico e disponibiliza as ferramentas necessárias para eliminar códigos maliciosos, vírus e afins que se tenham instalado nos computadores dos portugueses.

 

Este novo portal irá ser gerido pelo CERT.pt e irá disponibilizar gratuitamente os mecanismos necessários para diagnosticar e eliminar códigos maliciosos dos internautas portugueses. Segundo Lino Santos, diretor da Centro de Respostas a Incidentes de Segurança (CERT.pt), «Apenas vamos disponibilizar um software de limpeza, não se trata de um antivirus», ou seja, ferramentas que eliminam códigos maliciosos e soluções que evitam que esses códigos sejam instalados.

O novo portal está já em desenvolvimento no âmbito do projeto europeu Advanced Cyber Defense Center (ACDC) que reúne 28 participantes e prevê a constituição de oito centros operacionais especializados a limpeza de códigos maliciosos que se encontram instalados nas máquinas dos internautas.

Atualmente, há dois desses centros em funcionamento: um na Alemanha e outro em Espanha. O CERT.pt, que tem operado como uma das principais referências no que toca à prevenção do cibercrime em Portugal, contribui para o ACDC com identificação de requisitos técnicos e o desenvolvimento de sensores que permitem detetar malware, vírus e afins.

Além do serviço prestado à população, o novo portal de diagnóstico de malware terá por objetivo fazer um balanço do impacto que as diferentes “ciberameaças” têm na população nacional. Acrescentando Lino Santos, «E também queremos analisar a eficácia dos diferentes mecanismos de limpeza de códigos maliciosos».

O projeto ACDC tem recorrido a uma base de dados central que é atualizada à medida que vão sendo feitos diagnósticos às diferentes máquinas infetadas e as redes de sensores detetam as ameaças na Web. O projeto prevê ainda que os centros operacionais (ou portais de limpeza de vírus) partilhem informação, e ferramentas de diagnóstico e eliminação de vírus. Até à data, o projeto tem centrado grande parte da atenção na deteção de bots, mas prevê-se que, nos tempos mais próximos, possa estender o raio de ação aos malware em geral.

«As ferramentas de deteção e limpeza códigos maliciosos já existem. Com este projeto pretende-se testar os vários processos possíveis para a integração dessas ferramentas à população. Podemos avaliar qual a eficácia de ferramentas que são usadas junto dos ISP (operadores que fornecem acesso à Net), junto dos utilizadores em geral, ou até de cenários em que é usado um call centre para ajudar os utilizadores. Outro dos fatores em análise é a eficiência financeira de cada um dos processos testados», descreve Lino Santos.

O projeto arrancou no início de 2013 com um custo total de 15 milhões de euros (cerca de metade da verba proveio de fundos da EU).

Além de empresas especializadas na segurança eletrónica como o CERT.pt, o ACDC junta ainda universidades, empresas de tecnologias e segurança eletrónica e ainda operadores. O projeto, que assume ainda contornos experimentais, deverá terminar em 2015.

 

fonte:”exameinformatica.sapo.pt”